Políticas Ambientais ficam!
Políticas Ambientais ficam!
Nos últimos dias, assistimos ao avanço no Congresso Nacional de diferentes projetos de destruição das políticas socioambientais no Brasil, que vão na contramão do mundo, afetando diretamente os Ministérios do Povos Indígenas e do Meio Ambiente. Setores poderosos representados por um numeroso grupo de deputados e senadores que não possuem nenhum compromisso com a nossa vida, com o direito de existir dos povos originários e com o respeito à nossa biodiversidade. Eles representam a mentalidade predatória de um Brasil que se construiu através do desmatamento, da degradação indiscriminada da terra, tudo isto feito através de uma história triste de expulsão e do extermínio dos povos originários e dos povos tradicionais. Uma mentalidade que ataca hoje a vida de todos e o clima do planeta – de uma história que nós não queremos repetir, nós queremos deixar para trás.
De outro lado nós temos uma possibilidade de pensar o país que sabe, por exemplo que, Floresta em Pé significa garantia de alimento e água para a população e que o respeito aos modos de vida, às culturas e ao direito à terra dos povos indígenas é o caminho para construirmos uma sociedade mais resiliente às mudanças climáticas.
São vários os retrocessos propostos nos últimos tempos. Alguns deles, como os ataques da MP1150 contra a Lei da Mata Atlântica e contra dispositivos do Código Florestal afetam diretamente a nossa missão na Associação Ambientalista Copaíba, ou seja, nosso compromisso em conservar e restaurar da Mata Atlântica nas bacias dos rios do Peixe e Camanducaia. Mas também há outros retrocessos como a desarticulação do Ministério do Meio Ambiente, retirando da sua pasta o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Agência Nacional das Águas (ANA) e os Sistemas Nacionais de Resíduos Sólidos, Saneamento e Recursos Hídricos; e do Ministério dos Povos Indígenas, que perde o poder de demarcação das terras indígenas através da MP1154, além do PL 490 que quer impor o Marco Temporal, colocando as 1393 terras indígenas, ou seja, todas que existem no país, sob ameaça direta.
Não é de interesse de ninguém que esses erros prosperem. Contamos com o bom senso e o compromisso público dos deputados e senadores para reverter esses problemas, e convocamos à todos a se mobilizarem, compartilharem e participarem dos atos que estão sendo programados, em especial, um grande ato que acontecerá no próximo domingo, dia 18 de junho, a partir das 15h na Avenida Paulista em São Paulo, e que contará com a adesão da Associação Ambientalista Copaíba e de outras importantes Organizações, movimentos, pesquisadores e especialistas. Assim demostraremos que nenhum retrocesso social, ambiental e climático será aceito sem a nossa luta e a nossa resistência.
Compartilhe!
Últimas publicações
Copaíba denuncia situação crítica de queimadas no Circuito das Águas Paulista e pede ações urgentes do poder público
A Associação Ambientalista Copaíba, atuante há 25 anos pela conservação da Mata Atlântica nas bacias dos rios do Peixe e [...]
2º Encontro do Programa Raízes do Mogi Guaçu promove colaboração para a Restauração da Mata Atlântica
Socorro, SP – Nos dias 29 e 30 de outubro, a cidade de Socorro sediou o 2º Encontro presencial do [...]
Associação Ambientalista Copaíba participa do 4º Encontro das Unidades Regionais do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
Entre os dias 30 de setembro e 04 de outubro, a região do Caparaó, no Espírito Santo, foi palco do [...]