O Dia Mundial das Abelhas foi designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2017 e, desde então, é celebrado anualmente em 20 de maio, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a importância delas para o ecossistema, o papel vital que desempenham na manutenção da biodiversidade e na segurança alimentar, além da necessidade de sempre protegê-las.

As abelhas são polinizadoras-chave, sendo responsáveis pela fertilização de uma grande variedade de plantas, incluindo muitas culturas alimentares importantes. Estima-se que cerca de 75% dos principais cultivos agrícolas do mundo dependem, em alguma medida, da polinização por abelhas. Sem a presença delas, muitas plantas teriam dificuldade em se reproduzir e produzir frutos, o que afetaria diretamente a disponibilidade de alimentos para os seres humanos e outros animais.

Infelizmente, abelhas e outros polinizadores enfrentam uma série de desafios e ameaças em todo o planeta. A perda de habitat, o uso indiscriminado de pesticidas, a monocultura agrícola, as doenças e os parasitas são apenas alguns dos problemas que afetam negativamente suas populações. Essas ameaças têm levado a um declínio preocupante das espécies em muitas partes do mundo, como aqui no Brasil, um país rico em diversidade de abelhas, com mais de 400 espécies catalogadas e conhecidas, mas que também observa essa diminuição por tudo aqui que já foi citado, mas com um agravante: a competição com espécies de abelhas exóticas que foram trazidas para cá.

As abelhas nativas sem ferrão encontradas no Brasil e também em outros países tropicais e subtropicais, como o nome já diz, não possuem ferrão e comumente são menos agressivas do que as abelhas Apis. Ainda assim, quando ameaçadas podem mordiscar os seres humanos.

Existem diversas maneiras de contribuir para a proteção das abelhas e outros polinizadores. Isso inclui a criação de áreas de alimentação e abrigo, o uso responsável de pesticidas e produtos químicos, o apoio a práticas agrícolas sustentáveis e a conscientização sobre a importância das abelhas para o nosso planeta. Além disso, é essencial promover a pesquisa científica e a educação para entender melhor as necessidades das abelhas e desenvolver estratégias eficazes de conservação. Tudo isso vêm sendo aplicado em um projeto do qual a Copaíba faz parte e está completando um ano neste mês, em conjunto à comemoração do Dia Mundial das Abelhas, que é o Verde Mel. Em uma parceria entre WWF-Brasil, Sylvamo, Instituto ATÁ, Reenvolver e Copaíba, o meliponário de abelhas nativas que começou com 3 caixas de Uruçus-amarelas, 3 caixas de Mandaçaias e 1 caixa de Jataí em nossa sede, hoje conta com 18 caixas, advindas das multiplicações que foram feitas, conforme as colônias foram crescendo e se adaptando.

O Verde Mel também entrou como parte do apoio à vários dos proprietários rurais que restauraram suas terras com o programa Raízes do Mogi Guaçu, e receberam caixas de abelhas nativas sem ferrão, que hoje polinizam suas plantações e fornecem fonte de renda extra com os produtos das abelhas como mel, própolis, pólen, geleia real etc.

O Dia Mundial das Abelhas é uma data que merece comemoração e agradecimento à essas pequenas-grandes responsáveis pela nossa sobrevivência e de toda a biodiversidade do planeta Terra. E nos faz lembrar que, ao trabalharmos juntos e em consonância com o meio ambiente natural, podemos garantir um futuro sustentável para as abelhas e para todo o ecossistema.