Lançamento do 6º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
Lançamento do 6º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
O IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima, lançou no último dia 20 de março, o 6º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, e os resultados detalham as consequências devastadoras do aumento das emissões de gases do efeito estufa (GEE) em todo o mundo.
Composto por um grupo de centenas de cientistas de diferentes partes do mundo, estabelecidos pela ONU, o Relatório Síntese do IPCC (AR6) é o último volume de um trabalho de oito anos, a partir de descobertas que fornecem a maior e mais abrangente avaliação das mudanças climáticas existentes e o que podemos fazer para frear o aumento da temperatura, que já ultrapassa 1,1° Celsius acima dos níveis pré-industriais, que se referem à média do período de 1850 a 1900.
As atividades humanas, principalmente por meio de emissões de GEE, aceleraram o aquecimento global, e essas emissões continuam a aumentar com contribuições históricas e desiguais, decorrentes do uso insustentável de energia, mudança no uso da terra, estilos de vida e padrões de consumo e produção. Como resultado, eventos climáticos extremos (inundações, alagamentos, enchentes, deslizamentos, estiagem e seca, queimadas e incêndios florestais, chuvas de granizo, geadas, ondas de frio e de calor, etc.) estão ocorrendo com mais frequência e intensidade, o que têm gerado impactos cada vez mais perigosos à natureza e às pessoas em todas as regiões do mundo, principalmente, às comunidades mais vulneráveis e os ecossistemas mais frágeis, como os manguezais, áreas costeiras e semidesérticas, que historicamente contribuíram menos com as emissões de GEE, mas desproporcionalmente, são os mais afetados. Prevê-se que a insegurança alimentar, a pobreza e a insegurança hídrica, relacionadas ao clima, devem aumentar devido ao aquecimento global.
“Quase metade da população mundial vive em regiões altamente vulneráveis às mudanças climáticas. Na última década, o número de mortes em decorrência de inundações, secas e tempestades foi 15 vezes maior em regiões altamente vulneráveis”, disse Aditi Mukherji, um dos autores do Relatório. Se pretendemos frear esse aumento, é necessário alcançar reduções drásticas, rápidas e sustentadas nas emissões de gases de efeito estufa em todos os setores, para que sejam reduzidas pela metade até 2030.
A solução está no desenvolvimento sustentável do clima
Isso implica integrar as medidas de adaptação às mudanças climáticas com ações que visam reduzir ou evitar a emissão de gases do efeito estufa, de forma que proporcionem maiores benefícios. Essa transição de sistema envolve um aumento significativo de um amplo portfólio de opções de mitigação e adaptação, que é possibilitado pelo aumento da cooperação internacional, incluindo melhor acesso a recursos financeiros e tecnológicos, além de processos de governança inclusivos, compromissos políticos e administração dos ecossistemas. Ao mesmo tempo que essas mudanças podem ajudar as pessoas a levar estilos de vida com baixo consumo de energia e menores emissões de carbono, também promoverão a melhoria da saúde e do bem-estar. Com maior consciência das consequências do consumo excessivo, as pessoas podem tomar decisões mais bem informadas.
“A mudança transformadora tem mais chances de prosperar quando há confiança, quando todos colaboram para priorizar a redução de riscos, e quando benefícios e ônus são divididos igualmente”, disse Hoesung Lee, presidente do IPCC. Ter conhecimento sobre esse relatório é como ter informações valiosas em nossas mãos, para que possamos tomar medidas concretas na redução das emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global. As escolhas e ações implementadas nesta década terão impactos agora e por milhares de anos.
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