Associação Ambientalista Copaíba participa do 4º Encontro das Unidades Regionais do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica

Associação Ambientalista Copaíba participa do 4º Encontro das Unidades Regionais do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica

Publicado em: 14 de outubro de 2024

Entre os dias 30 de setembro e 04 de outubro, a região do Caparaó, no Espírito Santo, foi palco do 4º Encontro das Unidades Regionais do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, um movimento nacional que mobiliza diversos atores para conservar e restaurar o bioma. A Copaíba, unidade regional de São Paulo, esteve presente no evento, que reuniu 13 unidades regionais e mais de 20 representantes de diferentes instituições comprometidas com a cadeia da restauração da Mata Atlântica.

O encontro aconteceu na cidade de Alegre/ES e teve a MV Gestão Integrada, unidade que tem se destacado e vem acumulando vasta experiência na implementação de projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), sendo atualmente a principal consultoria do Programa Reflorestar no Espírito Santo. A programação incluiu reuniões técnicas e visitas a campo, onde os participantes puderam vivenciar as práticas de restauração em propriedades rurais locais, além de aprender mais sobre a gestão sustentável de territórios. Uma das grandes atrações do encontro foi o café, já que o Caparaó é conhecido como uma das principais regiões produtoras de cafés especiais e premiados no Brasil.

Pagamentos por Serviços Ambientais: Uma Solução Sustentável

 

Durante o encontro, os representantes também conheceram o programa Reflorestar, uma iniciativa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Espírito Santo que tem se tornado referência no país. O PSA é uma ferramenta inovadora que remunera proprietários rurais pela conservação e restauração de áreas naturais, reconhecendo os benefícios que essas práticas trazem à sociedade, como a melhoria da qualidade da água, a captura de carbono e a proteção da biodiversidade.

A implementação do PSA nos estados e municípios é fundamental para incentivar a adesão dos proprietários rurais a práticas de restauração e conservação ambiental. Além de gerar renda para pequenos produtores, o programa promove o equilíbrio ecológico, combate à desertificação e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. O modelo adotado pelo Espírito Santo tem sido apontado como exemplar, e sua ampliação para outras regiões do país poderia acelerar os esforços de restauração da Mata Atlântica.

A Importância do Encontro e as Metas Globais

 

O 4º Encontro das Unidades Regionais do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica foi um momento crucial para construção de conexões entre os diversos agentes da cadeia de restauração. ONGs, associações, instituições privadas e proprietários de terras discutiram soluções para acelerar o processo de recuperação do bioma, além da troca de conhecimentos técnicos e práticos, somada à inspiração trazida pelas realidades locais e como integrar ainda mais os esforços locais com os compromissos globais.

Os acordos internacionais, como a Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas, estabelecem metas ambiciosas para a recuperação de áreas degradadas até 2030. Nesse contexto, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica é um importante aliado, com o compromisso de restaurar 15 milhões de hectares até 2050. Para alcançar essa meta, encontros como o de Caparaó são essenciais, pois fortalecem a cooperação entre os diversos atores envolvidos e garantem que as ações no campo estejam alinhadas com as diretrizes globais de sustentabilidade e conservação ambiental.

A restauração da Mata Atlântica não é apenas uma necessidade ambiental, mas também uma oportunidade de promover o desenvolvimento econômico sustentável, garantindo qualidade de vida. E, assim como o café do Caparaó, que cresce, floresce e frutifica em solos restaurados, as ações coletivas dos envolvidos no Pacto pretendem transformar o futuro da Mata Atlântica em um exemplo de recuperação e resiliência.

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